Os protocolos de terceira geração de terapias comportamentais (também conhecidas como terapias de terceira onda e/ou terapias comportamentais contextuais) trouxeram inquestionável avanço na aplicação.
Algumas características comuns permitem classificá-los dessa forma visto que partilham entre si características marcantes, como a similaridade de embasamento filosófico e o forte emprego dos princípios até então evidenciados, e sistematizados, pela ciência da análise experimental do comportamento.
Assim, nas filosofias de base, observam-se os mesmos recortes de análise do fenômeno psicológico, mais especificamente, as relações funcionais entre comportamento e ambiente.
Somam-se a essas filosofias, a adoção dos princípios do comportamento operante e respondente na explicação do comportamento problema. Steven Hayes (2004) descreve a terceira onda:
“Baseada em uma abordagem empírica, focada em princípios, a terceira onda de terapia comportamental e cognitiva é particularmente sensível ao contexto e função dos fenômenos psicológicos, e não somente a sua forma, e assim tende a enfatizar as estratégias contextuais e experimentais de mudança em adição às estratégias mais diretas e didáticas. Estes tratamentos procuram antes construir repertórios mais amplos, flexíveis e efetivos, no lugar de uma abordagem para problemas estritamente definidos, e assim eles enfatizam a relevância das questões examinadas para os clínicos, bem como para os clientes. A terceira onda reformula e sintetiza as gerações comportamentais e cognitivas prévias e as estendem para além de questões, assuntos, e domínios previamente abordados pelas outras tradições, na esperança de avançar os entendimentos e resultados" (p. 658).
Dentre as terapias comportamentais de terceira onda que alcançaram renome, podem ser citadas a Terapia de Aceitação e Compromisso (ACT), a Psicoterapia Analítica Funcional (FAP), a Terapia Comportamental Dialética (DBT), a Ativação Comportamental (BA) e a Terapia Comportamental Integrativa de Casais (IBCT).